Os usos e costumes como objeto de idolatria

  • 21/03/2025
Os usos e costumes como objeto de idolatria
Os usos e costumes como objeto de idolatria (Foto: Reprodução)

Amados, quando Lutero foi aplaudido por seus feitos na Reforma Protestante, respondeu: “Eu não fiz nada, a Palavra é que fez tudo”. Na cabeça de Lutero, tudo foi obra da Bíblia Sagrada. Ninguém pode andar em escuridão, portanto, a Palavra de Deus (Salmo 119:105).

1. A Bíblia é a palavra final: A Bíblia é a revelação de Deus e nossa regra de fé, então todo cristão deveria lê-la. Não existe revelação divina fora das Escrituras. 2ª Timóteo 3:16 diz “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”.

2. A Palavra de Deus é poderosa: É através da Palavra que Deus fala, orienta e transforma vidas. Ela é poderosa por si só e cumpre seu propósito, mesmo que ninguém acredite nela. Em Hebreus 4:12, a Bíblia diz que a palavra de Deus é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Em Provérbios 18:21, a Bíblia diz que a língua tem poder para construir ou destruir uma vida.

3. O cuidado com os exageros: É uma bênção, o cristão zeloso pela Palavra, mas alguns líderes vão além, querendo ser mais “santos” do que a própria Bíblia. Isso leva a regras e costumes que não glorificam a Deus. E não adianta tentar refutar este tópico, o que a Bíblia não declarou como pecado, nunca foi e nunca será pecado. Qualquer posicionamento fora das Escrituras é mera opinião pessoal, não tem valor como “regra de fé” da Igreja. Em Mateus 7:7-13 lemos “E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens”.

4. Costumes ou Escrituras: Muitas igrejas exigem que as pessoas sigam costumes que não estão na Bíblia e, às vezes, até contradizem o que está escrito. Parece mais fácil entrar no céu do que agradar a algumas igrejas. Não há lugar mais santo do que o céu, e podemos justificar essa afirmativa com a verdade “Jesus está lá!” Qualquer instituição que oprime sua membresia com tradição-costumes de homens, negligencia o que a Bíblia ensina: o padrão cristão é a Bíblia. Nada além da Palavra!

5. Não force a barra: O que Deus quer de nós está na Bíblia (Mateus 22:37). Não adianta inventar regras e costumes extrabíblicos. É como os católicos, que colocam a “tradição” no mesmo nível da Bíblia. Nas igrejas evangélicas trocam o termo “tradição” para “costumes”. Isso é pecado! O único instrumento canônico para guiar o cristão é a Bíblia. Quaisquer adições ao texto fechado, é acréscimo às Escrituras.

Na Bíblia, o “til” (a menor letra no hebraico: “yod”), é traduzido no sentido figurativo que significa algo mínimo ou minúcia. Em Mateus 5:18, a Bíblia diz que “nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido”. Em Apocalipse 22:18–19, a Bíblia diz que quem acrescentar ou remover algo da profecia do livro perderá a sua parte na árvore da vida (vida eterna). A Bíblia também diz que quem acrescentar qualquer coisa ao que está escrito será punido com as pragas descritas no livro.

6. Reflexão, não crítica: O objetivo deste artigo não é criticar, mas provocar os crentes a refletir sobre suficiência da Palavra de Deus. Sem exageros ou interpretações pessoais. Sem “mas, porém, portanto…” Examinai as Escrituras (João 5:39-47; Atos 17:11; Mateus 22:29).

7. Cuidado com os empecilhos: Às vezes, as igrejas criam barreiras para as pessoas se aproximarem de Deus, como se estivessem impedindo a entrada delas (Mateus 7:3-5).

8. Julgamento e exclusão: É errado julgar e excluir pessoas que não seguem os costumes da igreja. Deus não despreza ninguém que se aproxima dele. A transformação verdadeira vem de dentro para fora, e não de regras externas. “Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e eu jamais rejeitarei aquele que vier a mim” (João 6:37). Este versículo aparece no contexto de Jesus dizendo que desceu dos céus para fazer a vontade do Pai, e não a sua própria. A vontade do Pai é que todos aqueles que olharem para Jesus e nele crerem tenham vida eterna. Jesus não rejeita ninguém, por mais que a pessoa se sinta distante de Deus. A vontade do Pai é não perder ninguém.

Amados, concluo certo de que este artigo não legaliza o pecado, nem mesmo a despreocupação da transformação. É necessário nascer de novo (João 3.7). A própria Bíblia é quem tem autoridade para moldar o “vaso novo” e, assim, é dispensado todos os preceitos, tradições, filosofias, opiniões… Por um único motivo: a Bíblia é suficiente para a vida cristã.

Josué 1:8 sintetiza: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito”. Bendita Palavra de Deus!

 

Daniel Ramos (@profdanielramos) é professor de teologia deste 2013 pela EBPS (Assembleia de Deus em Belo Horizonte). Graduado em Teologia pela PUC Minas (2013), pós-graduação em Gestão de Pessoas pela PUC Minas (2015), especialista em Docência em Letras e Práticas Pedagógicas pela FACULESTE (2023) e Licenciatura em Letras Português-Inglês pela UNICV (2024). Membro da Assembleia de Deus desde a infância, conferencista e autor do livro didático: Curso de Teologia Vida com Propósito (2024).

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: O ministério pastoral da oração e da Palavra

FONTE: http://guiame.com.br/colunistas/daniel-ramos/os-usos-e-costumes-como-objeto-de-idolatria.html


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